sexta-feira, 24 de abril de 2009

NARRAÇÃO

Em textos narrativos é comum surgirem momentos descritivos, além de descrever o ambiente, é preciso compor os personagens. Narrativa é a exposição, por meio de palavras, de uma seqüência de fatos ou acontecimentos que se dão no passado, ou que são imaginados como tais.
Nas narrações há geralmente uma personagem principal, também chamada protagonista. Ele costuma agir com o objetivo de realizar um desejo. Durante sua ação, o protagonista pode encontrar forças que o auxiliam ou forças que o atrapalham. Se ele consegue realizar seu desejo, o desfecho da história pode ser considerado como desfecho de sucesso. Quando o protagonista não realiza o seu desejo, o desfecho é de fracasso.
Quando a história é contada por uma de suas personagens, dizemos que o narrador é de 1ª pessoa (narrador-personagem ou narrador onipresente).
Quando o narrador não participa da história, é chamado de narrador em 3ª pessoa (narrador-observador ou narrador onisciente).

ATIVIDADES

1. Produzir um texto narrativo com narrador onipresente (10 até 20 linhas);
2. Faça uma pequena narração onde o narrador é onisciente (10 até 20 linhas).

Técnicas de Redação - 6º ANO - Carmela Dutra

terça-feira, 21 de abril de 2009

MÁSCARAS AFRICANAS

Os objetos da arte negra não são feitos para serem contemplados, mas possuem sempre uma função concreta

Em África, tanto os objetos de uso cotidiano (tigelas, banquinhos, tantãs), ou para cerimônias especiais (estátuas de antepassados, feitiços, máscaras), como as obras de arte têm sempre uma utilidade prática. As máscaras, por exemplo, utilizadas nas danças e nas cerimônias públicas, constituem um laço entre o mundo humano e o divino. Elas são esculpidas para serem exibidas em determinadas circunstâncias da vida social e religiosa.
As máscaras têm muito préstimo e são consideradas obras com maior valor entre todas as obras de arte negra. Elas contêm em si o poder do homem ou das divindades que representam, e é por meio delas que este poder se torna presente e transmite aos homens que as usam. Portanto, têm um significado totalmente diferente das máscaras ocidentais.
As máscaras africanas não têm nada a ver com o carnaval ou com o divertimento. São feitas para circunstâncias muito especiais: danças da fecundidade, ritos de iniciação, funerais, etc. Fora destas ocasiões, as máscaras perdem todo o seu significado e valor. As máscaras são cuidadosamente guardadas até a nova ocasião para serem usadas.
Na República Democrática do Congo, uma máscara que representa o rosto de um homem com barba comprida, foi esculpida para os funerais de um velho. De fato, a barba comprida é símbolo de sabedoria. O homem que a usa durante a execução da dança fúnebre exterioriza a presença do defunto, o que faz com que os seus familiares fiquem confortados.
Outra máscara, menor, com a decoração mais simples, é uma máscara sagrada; materializa as forças existentes na natureza e permite dominá-las. É usada nos ritos de propiciação, de modo que, dominando as forças adversas, o homem tenha a certeza de êxito naquilo que está para fazer.
Outro exemplo podemos colhê-lo entre os Xenufo, um povo que habita nas planícies da Costa do Marfim. O bailarino cobre a cabeça com uma máscara grande com feições de animal durante as cerimônias que precedem os ritos de iniciação. Os enfeites simbolizam diversos animais (hiena, pássaros sagrados, calaus), e representam o caos inicial do universo. O homem que usa esta máscara aterroriza com as suas danças a gente da aldeia e afasta os espíritos maléficos, purificando o terreno antes da cerimônia se iniciar.
por João Albanese
(para 6ª série - EJA -Duque de Caxias)

sábado, 18 de abril de 2009

SÉCULO XIX NO BRASIL

INFLUÊNCIA ESTRANGEIRA

O início do século XIX no Brasil é marcado pela vinda da família real portuguesa, que pretendia ficar de fora do conflito entre a Inglaterra e a França, governada por Napoleão. Dom João VI e uma comitiva de milhares de pessoas desembarcaram na Bahia em 1808 e no mesmo ano transferiram-se para o Rio de Janeiro.

MISSÃO ARTÍSTICA FRANCESA

Chefiada por Joachin Lebreton, a missão artística francesa chegou ao Rio de Janeiro em 1816, oito anos depois da família real. Dela faziam parte, entre outros artistas, Nicolas-Antoine Taunay, Jean Baptiste Debret e Auguste-Henri-Victor Grandjean de Montgny. Em agosto de 1816, o grupo organizou a Escola Real das Ciências, Artes e Ofícios, transformada em 1826, na Academia Imperial de Belas-Artes.

TAUNAY: a paisagem brasileira do século XIX

Nicolas-Antoine Taunay (1755-1830) é um dos nomes mais importantes da Missão Francesa. Na Europa, participou de várias exposições e foi muito requisitado para pintar cenas de batalhas napoleônicas. Os cinco anos que aqui ficou, pintou cerca de trinta paisagens do Rio de Janeiro e regiões próximas.

DEBRET: os costumes brasileiros do século XIX

Com trabalhos muito reproduzidos nos livros escolares, Jean-Batiste Debret (1768-1848) é o artista da Missão Francesa mais conhecido pelos brasileiros. Na Europa já era um artista premiado e pintava quadros com temas relacionados a Napoleão.
Debret ficou no Brasil até 1831 e produziu uma obra imensa: retratos da família real, cenários para o Teatro São João e trabalhos decorativos para festas públicas e ofciais, como as solenidades que envolviam dom João VI.
Foi professor de Pintura Histórica na Academia Imperial de Belas-Artes e realizou a primeira exposição de Arte no Brasil, em 1829.

A MISSÃO FRANCESA NA ARQUITETURA

Na arquitetura, a Missão Francesa adotou o estilo neoclássico e abandonou o Barroco, que, em nosso país, principalmente em Minas Gerais, havia se desenvolvido com características e soluções brasileiras. O principal responsável por essa mudança foi o arquiteto Grandjean de Montgny (1772-1850), autor do projeto da Academia Imperial de Belas-Artes (demolido em 1937).

MUDANÇAS NO RIO DE JANEIRO

A vinda da família real para o Brasil deu início a uma série de reformas administrativas, sociais, econômicas e culturais na cidade, a fim de adaptá-la às necessidades da nobreza. Fundaram-se as primeiras fábricas, além de instituições como o Banco do Brasil, a Biblioteca Real e a Imprensa Régia. A partir daí, o Brasil passou a receber forte influência da cultura europeia, o que se evidencia ainda mais com a vinda da chamada Missão Artística Francesa.

Descobrindo a Hístória da Arte. Pág. 138-142
7ª série. Duque de Caxias
(para 20 de abril)

quinta-feira, 16 de abril de 2009

O BARROCO NO BRASIL

O Barroco brasileiro desenvolveu-se do século XVIII ao início do século XIX, época em que na Europa esse estilo já havia sido abandonado.

UM SÓ BRASIL, VÁRIOS BARROCOS

O Barroco brasileiro varia de uma região para outra. Nas regiões que enriqueceram com a mineração e o comércio de açúcar – Minas Gerais, Bahia, Rio de Janeiro e Pernambuco - , encontramos igrejas com talhas douradas e esculturas refinadas, feitas por artistas de renome. Já nas regiões onde não havia açúcar nem ouro – com São Paulo - , as igrejas apresentam trabalhos modestos de artistas menos experientes.

O BARROCO DE PERNAMBUCO

A partir de 1759 Recife teve grande crescimento econômico. Entre suas construções barrocas mais bem cuidadas está a igreja de São Pedro dos Clérigos.

O BARROCO DA PRIMEIRA CAPITAL DO PAÍS

Na segunda metade do século XVII, Salvador era o centro econômico da região mais rica do Brasil e também a capital do país. Lá encontramos igrejas riquíssimas, como a de São Francisco.

O BARROCO DO RIO DE JANEIRO

O Rio de Janeiro só viria a ter destaque econômico e cultural com o início da extração do ouro em Minas Gerais, no século XVIII. Com seu porto, a cidade passou a centro de intercâmbio entre a região da mineração e Portugal. Em 1763, tornou-se a nova capital do país. A partir daí foram erguidas muitas construções.
A escultura barroca do Rio de Janeiro contou com artistas portugueses e com um brasileiro em especial: Mestre Valentim (1750-1813), tão respeitado quanto Antônio Francisco Lisboa, nosso artista mais conhecido e admirado. Mestre Valentim foi também paisagista, mas suas obras mais preservadas são as que fez para as igrejas, como a da Ordem Terceira do Carmo, a de São Francisco de Paula e a de Santa Cruz dos Militares

O BARROCO DE UMA REGIÃO POBRE: SÃO PAULO

Fundada no século XVI, a cidade de São Paulo e seus arredores não tiveram o mesmo desenvolvimento que outras regiões no período colonial. No século XVII, os paulistas organizaram as bandeiras – expedições realizadas do século XVI ao século XVIII , primeiro partindo de São Paulo, para, entre outros fins, localizar minas de metais e pedras preciosas – e seguiram para Minas Gerais, lançando-se às atividades de mineração. Enquanto isso, São Paulo permaneceu estagnada por todo o século XVIII, e as ordens religiosas apenas ergueram modestas igrejas barrocas.
Hoje há poucas construções barrocas na cidade de São Paulo. Delas, se destaca o conjunto formado pela igreja e pelo convento de Nossa Senhora da Luz.
As esculturas do Barroco paulista são muito simples: em razão da pobreza da cidade, nenhum artista de renome ia pra lá. Por isso as imagens são, em geral, rústicas, primitivas, feitas de barro cozido.
A pintura barroca em São Paulo também traz traços de simplicidade.

O BARROCO MINEIRO
TEM INÍCIO UMA ARQUITETURA BRASILEIRA

Foram os bandeirantes paulistas que desbravaram as terras mineiras, começaram a explorar ouro e pedras preciosas e fundaram os primeiros arraiais da região de Minas Gerais. Um desses bandeirantes foi Antônio Dias, que em 1698 chegou a Vila Rica, hoje Ouro Preto. Desde essa época, vilarejos como Mariana, Sabará, Congonhas do Campo, São João Del Rei, Caeté e Catas Altas começaram a desenvolver-se e a construir seus primeiros edifícios importantes.

A ARTE BARROCA EM OURO PRETO

A evolução da arquitetura mineira não foi rápida. Primeiro tentou-se utilizar a técnica construtiva da taipa de pilão – técnica comum no Brasil colônia que consiste em erguer paredes com blocos de barro comprimido dentro de uma forma de madeira denominada taipal . o terreno mineiro, porém, é duro e pedregoso, pobre em terras argilosas. Mais tarde tentaram-se outros processos até chegar às construções com muro de pedra.
Com o tempo, as diversas técnicas de construção foram combinadas harmoniosamente com a rica decoração interior. Essa integração teve seu auge em Minas gerais, com Antônio Francisco Lisboa (1730-1814).
Na pintura do Barroco mineiro destaca-se Manuel da Costa Ataíde. Sua pintura nos forros de igrejas revela excepcional domínio da perspectiva. Mas seu talento também pode ser visto nas telas e nos painéis pintados nas sacristias e as paredes laterais.

ANTÔNIO FRANCISCO LISBOA – O ALEIJADINHO
O PRINCIPAL ESCULTOR DO BARROCO DO BRASIL

Além de arquiteto e decorador de igrejas, também foi escultor. Existem inúmeras obras suas em museus e igrejas, principalmente em Ouro Preto. Mas é a cidade de Congonhas do Campo que abriga seu mais importante conjunto escultórico.
8ª série - Duque de Caxias
Descobrindo a História da Arte. págs.112-122

sexta-feira, 10 de abril de 2009

ARTE AFRICANA

O continente africano acolhe uma grande variedade de culturas, caracterizadas cada uma delas por um idioma próprio, tradições e formas artísticas características. O deserto do Saara atuou e continua atuando como uma barreira natural entre o norte da África e o resto do continente. Os registros históricos e artísticos demonstram indícios que confirmam uma série de influências entre as duas zonas. Estas trocas culturais foram facilitadas pelas rotas de comércio que atravessam a África desde a antiguidade.
Podemos identificar, atualmente, na região do Saara, características da arte islâmica, assim como formas arquitetônicas de influência norte-africana. Pesquisas arqueológicas demonstram uma forte influência cultural e artística do Egito Antigo nas civilizações africanas do sul do Saara.
A arte africana é um reflexo fiel das ricas histórias, mitos, crenças e filosofia dos habitantes deste enorme continente. A riqueza desta arte tem fornecido matéria-prima e inspiração para vários movimentos artísticos contemporâneos da América e da Europa. Artistas do século XX admiraram a importância da abstração e do naturalismo na arte africana. Esta história remonta o período pré-histórico. As formas artísticas mais antigas são as pinturas e gravações em pedra de Tassili e Ennedi, na região do Saara (6000 aC ).
Outros exemplos dessa arte primitiva são as esculturas modeladas em argila dos artistas da cultura Nok (norte da Nigéria), feitas entre 500 aC e 200 dC.
Destacam-se também os trabalhos decorativos em bronze (dos séculos IX e X). Estas últimas mostram a habilidade técnica e estão representadas de forma tão naturalista que, até pouco tempo atrás, acreditava-se ter inspirações na arte da Grécia Antiga.
Os povos africanos faziam seus objetos de arte utilizando diversos elementos da natureza. Faziam esculturas de marfim, máscaras entalhadas em madeira e ornamentos em ouro e bronze. Os temas retratados nas obras de arte remetem ao cotidiano, a religião e aos aspectos naturais da região. Desta forma, esculpiam e pintavam mitos, animais da floresta, cenas da tradições, personagens do cotidiano.
A arte africana chegou ao Brasil através dos escravos, que foram trazidos para cá pelos portugueses durante os períodos colonial e imperial. Em muitos casos, os elementos artísticos africanos fundiram-se com os indígenas e portugueses, para gerar novos componentes artísticos de uma magnífica arte afro-brasileira.
A arte africana exprime usos e costumes das tribos africanas, extremamente voltada ao espírito religioso, as tribos usavam as máscaras como disfarce místico com o qual poderiam absorver forças mágicas dos espíritos e assim utilizá-las na cura de doentes, em rituais fúnebres, cerimônias de iniciação, casamentos e nascimentos.
O material mais utilizado é a madeira, embora existam também peças singulares de marfim, bronze e terracota. Antes de começar a entalhar, o artesão realiza uma série de rituais no bosque, onde normalmente desenvolve o trabalho, longe da aldeia e usando ele próprio uma máscara no rosto.

Para os maravilhosos da 6ª série - EJA - Duque de Caxias

quinta-feira, 9 de abril de 2009

REFORMA ORTOGRÁFICA

Acentuação dos ditongos das palavras paroxítonas
Some o acento dos ditongos (quando há duas vogais na mesma sílaba) abertos éi e ói das palavras paroxítonas (as que têm a penúltima sílaba mais forte):

idéia - ideia
bóia - boia
asteróide - asteroide
Coréia - Coreia
platéia - plateia
assembléia - assembleia
heróico - heroico
estréia - estreia
paranóia - paranoia
Européia - Europeia
apóio - apoio
jibóia - jiboia
jóia - joia

ATENÇÃO! As palavras oxítonas como herói, papéis, troféu mantêm o acento.
Acento circunflexo em letras dobradas
Desaparece o acento circunflexo das palavras terminadas em êem e ôo (ou ôos):
crêem - creem
lêem - leem
dêem - deem
vêem - veem
prevêem - preveem
enjôo - enjoo
vôos - voos
Acento agudo de algumas palavras paroxítonas
Some o acento no i e no u fortes depois de ditongos (junção de duas vogais), em palavras paroxítonas:
baiúca - baiuca
bocaiúva - bocaiuva
feiúra - feiura

ATENÇÃO! Se o i e o u estiverem na última sílaba, o acento continua como em: tuiuiú ou Piauí
Acento diferencial
Some o acento diferencial (aquele utilizado para distinguir timbres vocálicos):
pêlo - pelo
pára - para
pólo - polo
pêra - pera
côa - coa
ATENÇÃO! Não some o acento diferencial em pôr (verbo) / por (preposição) e pôde (pretérito) / pode (presente). Fôrma, para diferenciar de forma, pode receber acento circunflexo.
Acento agudo no u forte
Desaparece o acento agudo no u forte nos grupos gue, gui, que, qui, de verbos como averiguar, apaziguar, arguir, redarguir, enxaguar:
averigúe - averigue
apazigúe -apazigue
ele argúi - ele argui
enxagúe você - enxague você

ATENÇÃO! As demais regras de acentuação permanecem as mesmas.
ALFABETO
Inclusão de três letras
Passa a ter 26 letras, ao incorporar as letras “k“, “w” e “y“.
TREMA
Extinção do trema
Desaparece em todas as palavras:
freqüente- frequente
lingüiça - linguiça
seqüestro - sequestro

ATENÇÃO! O trema permanece em nomes como Müller ou Citröen.
HÍFEN
Eliminação do hífen em alguns casos
O hífen não será mais utilizado nos seguintes casos:

1. Quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com uma vogal diferente:

extra-escolar - extraescolar
aero-espacial - aeroespacial
auto-estrada - autoestrada

2. Quando o segundo elemento começa com s ou r, devendo estas consoantes serem duplicadas:

anti-religioso - antirreligioso
anti-semita - antissemita
contra-regra - contrarregra
infra-som - infrassom

ATENÇÃO! O hífen será mantido quando o prefixo terminar em r-Exemplos: hiper-requintado, inter-resistente, super-revista.
Para os "fofos" do 6º Ano "A"; "B"; "C"; "D". Carmela Dutra

sábado, 4 de abril de 2009


Ilusões da vida

Quem passou pela vida em branca nuvem,

E em plácido repouso adormeceu;

Quem não sentiu o frio da desgraça,

Quem passou pela vida e não sofreu;

Foi espectro de homem, não foi homem,

Só passou pela vida, não viveu.


Francisco Otaviano



quinta-feira, 2 de abril de 2009

A ARTE BARROCA NA EUROPA

A arte barroca desenvolveu-se no século XVII, período de grandes mudanças na Europa da Idade Moderna. Para melhor entender os acontecimentos daquele século, precisamos buscar suas origens em fatos do século XVI, dos quais um dos mais importantes foi a Reforma Protestante, que se iniciou a Alemanha e expandiu-se por muitos outros países.

ORIGENS E CARACTERÍSTICAS GERAIS DO BARROCO

A arte barroca originou-se na Itália, logo se espalhou por outros países da Europa e chegou à América. Porém, apresentou características bastante diferentes nos vários países. O barroco italiano no início do século XVII, por exemplo, difere muito do Barroco holandês da mesma época. Ainda assim, há aspectos comuns às obras desse período: o predomínio da emoção, e não da razão, que prevaleceu no Renascimento; o acentuado contraste entre tons claros e escuros, que intensifica a expressão dos sentimentos. Os temas são variados: religiosos, mitológicos e na forma de retratos.

PINTURA

Os pintores italianos Caravaggio, Tintoreto e Andréa Pozzo estão entre os mais representativos do Barroco.

A ESCULTURA

Nos gestos e no rosto das figuras representadas, a escultura barroca exprime emoções: alegria, dor, sofrimento. Por vezes, um grupo de esculturas compõe uma cena dramática. As formas sugerem movimentos e apresentam efeitos decorativos. Predominam linhas curvas, drapeados das vestes e tons dourados. Entre os artistas do barroco italiano Bernini (1598-1680) foi, sem dúvida, o mais importante e completo: foi arquiteto, urbanista, escultor, decorador e pintor.

A ARQUITETURA

Como a Igreja Católica queria proclamar a importância da fé, criou obras que impressionam pelo esplendor. A arquitetura expressou, ainda, o desejo dos governantes de demonstrar poder por meio de seus palácios. Assim, os arquitetos do barroco deixam de lado a simplicidade e a racionalidade do Renascimento e investem na grandiosidade das igrejas e dos palácios e nos efeitos decorativos. Nessa época firmou-se também a ideia de que o espaço em torno da obra arquitetônica era importante para a beleza da construção. Daí a preocupação com os projetos da praça das igrejas.

O BARROCO NA ESPANHA

Do século XVII até a primeira metade do século XVIII o Barroco expandiu-se da Itália para toda a Europa e ganhou, em cada país, características próprias como é o caso da Espanha e dos Países Baixos.
Um traço original do Barroco espanhol encontra-se na arquitetura, principalmente nas portadas dos edifícios civis e religiosos, decoradas em relevo. A pintura espanhola foi muito influenciada pelo Barroco italiano, principalmente no uso expressivo de luz e sombra, mas conservou preocupações próprias: o realismo e o domínio da técnica. Entre os pintores mais representativos estão El Greco e Velásquez.

O BARROCO NOS PAÍSES BAIXOS

Nos Países Baixos o Barroco desenvolveu-se em duas grandes direções, sobretudo a pintura. Na Bélgica manteve as linhas movimentadas e a forte expressão emocional. Já na Holanda ganhou aspectos mais próximos do espírito prático e austero do povo holandês; daí a pintura apresentar uma tendência para a descrição de cenas da vida doméstica e social trabalhadas com minuncioso realismo.

A REFORMA E CONTRA-REFORMA

A Reforma Protestante, movimento de contestação à doutrina da Igreja Católica, teve como principal líder o alemão Martinho Lutero. Apesar de ter sido um movimento religioso, provocou mudanças em outros setores da cultura européia. Favoreceu, por exemplo, a formação dos Estados nacionais, ao propor que cada nação se libertasse do poder do Papa. A Igreja Católica, porém, logo se organizou contra a Reforma. Na verdade, desde o início do século XV havia dentro dela um movimento que visava fortalecer a vida espiritual, mas apenas no século XVI essa reação viria a constituir a Contra-Reforma. Com a ação das grandes ordens religiosas, como a Companhia de Jesus, a Igreja Católica retomou sua força e construiu novas e grandes igrejas. A arte voltava a ser vista como um meio de ampliar a influência católica.
Descobrindo a História da Arte.(pág. 98-110)
para a 8ª série (EJA)
Duque de CAxias

UMA AULA DE ARTE NA PRÁTICA

  Em 12 de maio iniciamos os trabalhos de confecção do baralho com o  1º Ano 'B'.  A segunda etapa será a escolha dos verbos no modo...