quarta-feira, 24 de junho de 2009

SÉCULO XX NO BRASIL - O MODERNISMO

O começo do século XX no Brasil foi marcado por fatos que mudaram sua história. Dentre eles destacam-se o início da produção industrial e a vinda de grande número de imigrantes de diversos países. Como consequência o país assistiu a um expressivo crescimento econômico e a grandes transformações sociais, resultantes do convívio com diferentes culturas.
UMA NOVA ARTE BRASILEIRA

Nesse contexto de grandes mudanças sociais começou a se desenvolver uma nova arte brasileira, a princípio na literatura. Escritores como Oswald de Andrade, Menotti del Picchia, Mário de Andrade e outros foram se conscientizando da época em que viviam. Para Oswald de Andrade, os artistas brasileiros deveriam ter como ponto de partida as raízes nacionais. Assim, ele passou a expor nos jornais suas ideias renovadoras e a participar de grupos de artistas unidos em torno de uma nova proposta para arte brasileira.
Essa busca por novos caminhos ganhou força com a Semana da Arte Moderna, realizada em fevereiro de 1922 no Teatro Municipal de São Paulo. No evento foram apresentados concertos e conferências, além de exposições de artistas plásticos.
LASAR SEGALL

Antes do Movimento Modernista de 1922, foi Lasar Segall (1891-1957) que proporcionou ao Brasil o primeiro contato com a arte européia mais inovadora. Segall nasceu na Lituânia e estudou pintura na Alemanha, para onde se mudou em 1906. em 1912 esteve em Países Baixos e em 1913 veio ao Brasil, onde expôs sua pintura já com nítidas características impressionistas. Essas exposição foi um dos acontecimentos precursores da arte moderna no Brasil. Lasar Segall retornou ao Brasil em 1924 e fixou residência em São Paulo. A partir daí sua pintura assumiu aspectos mais próximos da realidade brasileira.

ANITA MALFATTI

A exposição de Lasar Segall em 1913 não causou polêmica. Afinal, tratava-se do trabalho de um “estrangeiro”, que teria, portanto, o “direito” de apresentar uma arte estranha ao gosto brasileiro. Mas com a exposição da pintora brasileira Anita Malfatti (1889-1964) a reação foi diferente.
Malfatti nasceu em São Paulo e aí realizou seus primeiros estudos em pintura, teve grande importância nos fatos que antecederam o Movimento Modernista de 1922. Em 1912 foi para a Alemanha, onde freqüentou a Academia de Belas Artes de Berlim. Em 1914, de volta ao Brasil, realizou sua primeira exposição individual, mas sua exposição mais famosa foi a de 1917, que provocou a publicação de um artigo com severas críticas por parte do escritor Monteiro Lobato. Nessa mostra figuraram, por exemplo, A mulher de cabelos verdes e O homem amarelo, que se tornaram marcos da pintura moderna brasileira.
Com as criticas desfavoráveis a Anita Malfatti, muitos artistas se uniram a ela em busca de uma arte brasileira livre das regras impostas pelo academicismo. Eis a grande importância histórica de Malfatti: ao ser criticada, chamou a atenção dos artistas inovadores e revelou que sua arte apontava novos caminhos, principalmente o uso da cor.
DI CAVALCANTI

Depois das exposições de Segall e Malfatti, começou a desenvolver-se a ideia de uma mostra coletiva com o que havia de mais atualizado no país. Entre os artistas interessados nisso estava o pintor Di Cavalcanti, um dos incentivadores da Semana de Arte Moderna de 1922.
Di Cavalcanti (1897-1976), chamado Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque Melo, viveu na Europa e conheceu os artistas mais notáveis da época. Na década de 1940 sua arte, já amadurecida, conquistou espaço definitivo na pintura brasileira. Em sua obra destaca-se a presença da mulher negra.
O trabalho de Di Cavalcanti foi influenciado por diversos pintores, como Picasso, Gauguin, Matisse e Braque, mas ele transformou essa influência em uma produção muito pessoal, associada aos temas nacionais.
REGO MONTEIRO

Vicente do rego Monteiro (1899-1970) nasceu em Recife e, aos 12 anos, foi estudar pintura na Europa. Aos 14 anos, já participava do Salão dos Independentes, em Paris. Voltou ao Brasil em 1917 e participou da Semana de 1922. depois sua vida alternou-se entre a França e o Brasil. Na França recebeu críticas favoráveis e teve obras adquiridas por importantes museus. De seu trabalho destacam-se Menino e ovelha e Atirador de arco.

TARSILA DO AMARAL

Com Tarsila do Amaral (1886-1973), nascida em Capivari, estado de São Paulo, a pintura brasileira começa a procurar uma expressão moderna, porém mais ligada às nossas raízes culturais. Ela não participou da Semana de 1922, mas colaborou decisivamente para a arte moderna brasileira. Sua carreira artística começou em 1916. Em 1920 foi para a Europa , onde estudou com mestres franceses até 1922. no mesmo ano veio ao Brasil, mas em 1923 voltou à Europa, onde passou pela influência impressionista e, depois, cubista. Nessa fase ligou-se a importantes artistas do modernismo europeu, como Picasso e Brancusi.
No ano seguinte, novamente no Brasil, iniciou-se a fase a que deu o nome de pau-brasil, caracterizada, segundo o crítico Sérgio Milliet (1898-1966), pelas “cores ditas tropicais, dos caboclos e negros, da melancolia das cidadezinhas, tudo isso enquadrado na solidez da construção cubista”. As obras que Tarsila produziu na década de 1930 expressaram a preocupação com os problemas sociais e com os trabalhadores.
(1ª parte)
8ª série - EJA - Duque de Caxias

sexta-feira, 19 de junho de 2009

SUBSTANTIVO - FLEXÃO DE GÊNERO

Quando uma palavra sofre algum tipo de variação, dizemos que ela está flexionada. Vejamos os tipos de flexão que o substantivo pode sofrer:

Menino – menina → mudou o gênero → flexão de gênero
Menina – meninas → mudou a quantidade → flexão de número
Menina – menininha → mudou o tamanho → flexão de grau

Em todos esses casos, uma parte da palavra se manteve igual: menin-. Essa parte guarda o significado básico da palavra. Ela é chamada de radical.

FLEXÃO DE GÊNERO – FORMAÇÃO DO FEMININO

Substantivos biformes – designam seres humanos ou animais e podem apresentar uma forma para o masculino e outra forma para o feminino, e ainda podem apresentar o mesmo radical ou radicais diferentes.

Gato – gata
Pombo – pomba
Galo – galinha
Maestro – maestrina
Freguês – freguesa
Camponês – camponesa
Remador – remadora
Professor – professora
Cidadão – cidadã
Anfitrião – anfitriã
Órfão – órfã
Leão – leoa
Leitão – leitoa
Conde- condessa
Barão- baronesa
Poeta – poetisa
Mestre – mestra
Elefante – elefanta
Parente – parenta
Avô – avó
Rei – rainha
Cavaleiro – amazona
Cavalheiro – dama
Genro – nora
Homem – mulher
Marido – mulher
Bode – cabra
Carneiro – ovelha
Cavalo – égua
Boi/touro – vaca
Zangão – abelha

Substantivos comuns de dois gêneros – substantivos que apresentam uma única forma para os dois gêneros; são, por isso, chamados de uniformes. Nesses casos, a distinção entre a forma masculina e a feminina é feita pela concordância com um artigo.


o/a estilista
o/a artista
o/a colega
o/a cliente
o/a dentista
o/a estudante
o/a gerente
o/a indígena
o/a jornalista
o/a pianista
o/a suicida
o/a modelo

Substantivos sobrecomuns – designam seres humanos que são sempre do mesmo gênero, mesmo quando se referem a seres do sexo masculino ou do sexo feminino.


O cônjuge
A criança
A testemunha
A criatura
O indivíduo
A vítima

Substantivos epicenos – substantivos de um único gênero que designam animais e algumas plantas.


A águia
A baleia
A borboleta
A cobra
O besouro
O jacaré
A palmeira
O mamoeiro

O gênero dos substantivos sobrecomuns e epicenos é sempre o mesmo; o que pode variar é o sexo do ser a que se referem. Quando se quer especificar esse sexo, constroem-se expressões como: criança do sexo masculino; um mamoeiro macho; uma fêmea de jacaré.

GÊNERO E MUDANÇA DE SIGNIFICADO

Há substantivos cuja mudança de gênero acarreta mudanças de significado. Observe:


O cabeça: chefe, líder
A cabeça: parte do corpo ou de um objeto; pessoa muito inteligente
O capital: conjunto de bens
A capital: cidade onde se localiza a sede do Poder Executivo
O crisma: óleo usado num dos sacramentos religiosos
A crisma: cerimônia religiosa
O cura: sacerdote
A cura: ato ou efeito de curar.


6º ANO - Carmela Dutra

Para complementar o conteúdo

segunda-feira, 8 de junho de 2009

O IMPRESSIONISMO CHEGA AO BRASIL

São as obras de Eliseu D’Angelo Visconti (1866-1944) que abrem definitivamente o caminho da modernidade à arte brasileira. Pintor, decorador e desenhista, ele não se preocupa mais em seguir os renascentistas italianos; busca, isto sim, registrar os efeitos da luz solar nos objetos e seres humanos que retrata em suas telas.
Nascido na Itália, Visconti veio para o Brasil com menos de 1 ano de idade. Em 1892 foi à Europa, onde frequentou a Escola de Belas Artes de Paris e o curso de arte decorativa na Escola Ghérin. Voltou para o Brasil em 1900 e passou a realizar diversos trabalhos: ensinou pintura histórica na Escola Nacional de Belas Artes, criou imagens para selos postais e pintou o pano de boca¹ do Teatro Municipal do Rio de Janeiro.

A ARQUITETURA REFLETE A RIQUEZA

No final do século XIX e início do século XX a arquitetura brasileira passou por mudanças e seguiu principalmente duas tendências europeias: o Ecletismo e o Art Noveau (Arte Nova). O Ecletismo reunia estilos do passado, principalmente os de finalidade decorativa.
Assim, alguns arquitetos mesclavam, num mesmo edifício, elementos greco-romanos, góticos, renascentistas e mouriscos². As casas dos mais ricos passaram a ser ornamentadas com relevos de estuque³, platibandas (espécie de mureta que circunda o alto de um edifício e esconde o telhado), grandes vidraças e ferragens importadas da França e da Bélgica. As cidades do norte do país (Belém, Manaus), enriquecidas com a borracha, desenvolveram uma arquitetura requintada e de acordo com as concepções ecléticas.

O ART NOVEAU

No final do século XIX o Ecletismo foi superado pelo Art Noveau, desenvolvido nos Estados Unidos e em boa parte da Europa. O Art Noveau valorizava os elementos ornamentais e caracterizava-se pelo uso de linhas curvas, semelhantes às linhas das formas vegetais. Esse estilo persistiu por algum tempo até ser superado, nos anos 1920 e 1930, pelo Movimento Modernista e pela industrialização e modernização da vida urbana.

1 – pano de boca: na linguagem teatral de hoje, é a cortina que separa a plateia do palco;
2 – mouriscos: no texto, refere-se a elementos ligados aos mouros, antigo povo árabe que habitou o norte da África;
3 – estuque: material usado para ornamentar obras de arquitetura, produzido em geral com uma mistura de pó de mármore, cal fina, gesso e areia.

A FOTOGRAFIA CHEGA AO BRASIL

A criação do daguerreótipo, em 1839, é considerada o ponto de partida da fotografia. Acredita-se que esse invento tenha chegado ao Brasil em 1840.
Inicialmente, a produção de imagens por meio de uma máquina era muito cara: apenas os muitos ricos encomendavam seus retratos, assim como os nobres contratavam pintores para fazer seus retratos. Nas décadas de 1850 e 1860, com o aperfeiçoamento técnico, esse tipo de reprodução tornou-se acessível a um maior número de pessoas. No Brasil, o passo seguinte foi o documentário fotográfico, isto é, o registro fotográfico de ruas e regiões das cidades brasileiras. Nesse campo, destacam-se Marc Ferrez (1804-1879) e Militão de Azevedo (1837-1905).
A fotografia brasileira desenvolveu-se muito na passagem para o século XX e esteve presente em exposições internacionais. Exemplo disso é o trabalho de Valério Vieira (1862-1941).
Em 1908, Valério ganhou o primeiro prêmio na Exposição Nacional do Rio de Janeiro com uma foto de doze metros de extensão chamada Panorama da cidade de São Paulo.
7ª série - EJA - Duque de Caxias

quarta-feira, 3 de junho de 2009

ATIVIDADES - SUBSTANTIVOS

AS LUAS DE LUÍSA (1ª parte)
Diléia Frate

A terra tem uma lua, Saturno tem vinte, mas Luísa, temperamental, imprevisível, criativa, brincalhona, chorona, risonha, generosa, carente e absurda, tinha pelo menos umas trinta luas perto de si. Cada lua representava um estado de espírito diferente. A melhor lua iluminava as brincadeiras noturnas quando Luísa ficava acordada até tarde jogando, brincando, pulando na cama, vendo TV, fazendo maluquices e olhando pro céu. Era quando a mãe chegava e dizia: “Pare com isso, amanhã você tem que acordar cedo”. O que já era suficiente para despertar a pior das luas: a do mau humor. Nesse momento ela batia o pé, chorava, xingava, e a mãe dizia apenas: “Luísa, você é de lua!”. E fechava a janela. (...)

1. Responda:
a) No texto, o que significa ter luas?

b) Você acha que também tem tantas luas como Luísa?

2. Na primeira frase do texto, como a autora mostra as mudanças de lua de Luísa?

3. Reescreva o trecho a seguir, de acordo com o que se pede, fazendo as adaptações necessárias:
“A melhor lua iluminava as brincadeiras noturnas quando Luísa ficava acordada até tarde...”

a) Substitua lua por luas:

b) Substitua Luísa por Luísa e seu irmão:


c) Substitua brincadeiras por brincadeira:

4. Com base nas transformações que você fez na atividade anterior, responda:
a) Quais palavras na frase dada não sofreram alterações nas reescritas?

b) Quais palavras da frase dada sofreram alteração pelo menos uma vez?




5. Observe a frase: A melhor lua iluminava as brincadeiras noturnas quando Luísa ficava acordada até tarde jogando, brincando, pulando na cama, vendo TV, fazendo maluquices e olhando pro céu.
Faça uma lista com as palavras da frase que são nomes, isto é, que são substantivos.


6. Entre os substantivos que você encontrou na questão anterior, escreva os que nomeiam:
a) atitudes/ação

b) objetos

c) seres que você vê, embora não consiga tocar


7. Releia: A Terra tem uma lua (...), mas Luísa (...) tinha pelo menos umas trinta perto de si.
Nessa frase, o substantivo lua tem o mesmo significado nas duas vezes em que aparece? Explique.


8. A palavra brincadeira é um substantivo: dá nome ao ato de brincar. Faça uma lista de nomes de brincadeiras de que você gosta.


9. Para conhecer um pouco mais sobre os substantivos, vamos brincar de adivinhar.

a) O que é, o que é? Esse parece trazer um pensamento profundo: antes de o pai nascer, a filha já corre o mundo.

b) Atenção aos três irmãos: o primeiro já morreu, o segundo vive aqui, o terceiro não nasceu.

c) Não existe sem fazer, quem faz às vezes vai fundo, demora de vez em quando, transforma a vida e o mundo.

d) Simplesmente estraga a vida, faz a boca arreganhar, é tão malvada e bandida que faz a gente chorar.

e) Revoa mas não é pássaro, rebrilha mais que ouro puro, pisca e não é olho, tem luz, mas vive no escuro.

10. Dos substantivos que você descobriu, identifique os que nomeiam:
a) coisas:

b) momentos do tempo:

c) animais:

d) sensações:

e) partes do corpo:

f) ação praticada:

11. Com base nessa informação, classifique:
a) O substantivo dor encontrado na charada.

b) O substantivo dente.


12. Considere o que você aprendeu sobre substantivo concreto e abstrato e vamos ver como o substantivo lua pode ser classificado no texto.
a) Ao referir-se aos satélites de Saturno, o substantivo luas foi utilizado com sentido concreto ou abstrato?

b) Ao referir-se às alterações de humor de Luísa, portanto as emoções e sentimentos, o termo luas é um substantivo concreto ou abstrato?

13. Entre os substantivos que você encontrou nas charadas, escreva:
a) Um substantivo simples:

b) Um substantivo composto:


6º ANO - Carmela Dutra

UMA AULA DE ARTE NA PRÁTICA

  Em 12 de maio iniciamos os trabalhos de confecção do baralho com o  1º Ano 'B'.  A segunda etapa será a escolha dos verbos no modo...