quarta-feira, 16 de setembro de 2009

PRONOME

Chama-se pronome a palavra que substitui ou acompanha outras palavras, principalmente os substantivos.

O pronome pessoal designa uma das pessoas do discurso, que são:
1ª pessoa – quem fala;
2ª pessoa – com quem se fala;
3ª pessoa – de quem ou de que se fala.

Os pronomes pessoais podem ser: retos, oblíquos ou de tratamento.

*do caso reto: exercem a função de sujeito.
1ª pessoa do singular / do plural:
Eu gosto de caminhar durante horas.
Nós caminhamos por quilômetros.

2ª pessoa do singular / do plural:
Tu deves incluir frutas na lista de alimentos.
Vós deveis caminhar para manter a boa forma.

3ª pessoa do singular / do plural:
Ele (a) costuma caminhar vários quilômetros por dia.
Eles (as) mantêm uma alimentação balanceada.

*do caso oblíquo: exercem função de complemento verbal.
1ª pessoa do singular (me, mim, comigo)
Espero que ela saia comigo hoje à noite.
Espere-me porque irei com você.
Essas barras de cereais são para mim?

2ª pessoa do singular (te, ti, contigo)
Comprei-te várias barras de cereais.
Vou começar a caminhar contigo.
Essas regras de boa conduta são para ti.

3ª pessoa do singular (lhe, se, si, consigo, o, a)
Entreguei-lhe a carta que estava em minhas mãos.
A carta encontra-se sobre a mesa.
Ela levou todo o dinheiro consigo.
Comprou-a por um bom preço.

1ª pessoa do plural (nos, conosco)
Espero que ela saia conosco.
Espere-nos porque iremos com você.

2ª pessoa do plural (vos, convosco)
Comprei-vos barras de cereais.
Não falei convosco.

3ª pessoa do plural (lhes, se, si, consigo, os, as)
Vendeu-os por um preço alto.

*de tratamento: dentro da categoria dos pronomes pessoais, temos os pronomes de tratamento. Esses pronomes referem-se à pessoa com quem se fala, mas a concordância deve ser feita com a 3ª pessoa (senhor, senhora, senhorita, você, vossa alteza, vossa excelência, vossa senhoria, vossa majestade).

Chamam-se pronomes possessivos aqueles que indicam posse em relação às pessoas do discurso.
1ª pessoa do singular: meu(s); minha(s) – do plural: nosso(s); nossa(s);
2ª pessoa do singular: teu(s); tua(s) – do plural: vosso(s); vossa(s);
3ª pessoa do singular: seu(s); sua(s) – do plural: seu(s); sua(s).

Pronome demonstrativo é aquele que indica a posição dos seres em relação às pessoas do discurso.
1ª pessoa: este(s); esta(s); isto.
2ª pessoa: esse(s); essa(s); isso.
3ª pessoa: aquele(s); aquela(s); aquilo.

OBS: os pronomes demonstrativos também indicam a posição no espaço de um ser em relação às pessoas do discurso:
*este(s), esta(s), isto: indicam que, o objeto ou ser está próximo da pessoa que fala.
- Esta caneta que estou segurando é muito boa.
*esse(s), essa(s), isso: indicam que o objeto ou ser está próximo da pessoa com quem fala.
- Essa caneta que você está segurando é muito boa.
*aquele(s), aquela(s), aquilo: indicam que o objeto ou ser está distante das pessoas que falam.
- Aquela caneta que está na mesa é muito boa.

Pronome indefinido é aquele que se refere à terceira pessoa do discurso com sentido vago ou impreciso.
Alguns pronomes indefinidos: algum, muito, algo, outra, pouco, ninguém, qualquer, tanto, nada, cada, todo, tudo, nenhum, vários, certo.

OBS:
Nenhum centavo foi destinado ao setor agropecuário.
Nem um centavo foi destinado ao setor agropecuário.

No primeiro enunciado, o pronome nenhum refere-se ao substantivo centavo, afirmando sua inexistência. Isto é, não existe centavo algum.
No segundo, a sequência formada pelo advérbio nem e o numeral um também refere-se ao substantivo centavo, afirmando sua existência. Mas com uma noção mais individualizada, não indefinida. Nem sequer um (1) centavo, nem mesmo um (1), nem apenas um foi destinado ao setor, enfatizando a noção de que nem o mínimo foi considerado.

Chama-se pronome interrogativo aquele que é usado para formular perguntas: quem, que, qual, quais, quanto(a), quantos(as).


6º ANO - Língua Portuguesa - Carmela Dutra - 4º Bimestre

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

ACABARAM-SE OS FOLHETINS

Nos jornais franceses da década de 1830, havia uma seção específica na parte inferior da página que trazia textos literários ou sobre literatura. Percebendo o interesse dos leitores especificamente pelos romances ricos em peripécias e histórias dramáticas, um jornalista francês, Émile de Girardin, resolveu incrementar essa seção para aumentar a vendagem do jornal.
Assim surgiram os folhetins, cujas histórias, em episódios, envolviam grande número de personagens, e temas como orfandade, amores impossíveis, falsas identidades, etc.
Quando dizemos hoje em dia que algum texto é "folhetinesco", estamos nos referindo a essas características do folhetim.

Descobrindo a literatura.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

ÓRFÃO


O VALOR DE UMA VIDA

Na praia a menina
Achou uma conchinha
Uma conchinha lindinha
De arrepiar.

No dia seguinte,
Suas amigas,
Daquela conchinha
Iriam gostar.

Mas dentro da concha
Havia um bichinho,
Vivo, vivinho,
A respirar.

"Se eu levo essa concha",
pensou a menina,
"A vida do bicho
vai se acabar".

"Se eu levo essa concha
o bicho não vive,
mas minhas amigas
vão me elogiar".

"Se eu levo essa concha,
se eu mato esse bicho,
com esse elogio
eu vou me alegrar?"

"Se eu deixo a conchinha
se eu salvo uma vida
ninguém vai saber,
mas eu vou gostar".

Então a menina,
com muito cuidado,
deixou a conchinha
nas águas do mar...

Pedro Bandeira

domingo, 6 de setembro de 2009

LAMPIÃO E PADRE CÍCERO PENDURADOS NO VARAL

No interior do Nordeste do Brasil, surgiu um tipo de literatura imprensa em folhetos de papel ordinário e ilustrada com xilogravuras. Os folhetos eram vendidos nas pequenas feiras das cidades do sertão, expostos em varais feitos de barbantes ou, como se dizia, de cordel.
Trata-se de histórias em verso que abordam os mais variados temas: desde lendas e tradições locais ou da Europa medieval até fatos do momento. A vida do cangaceiro Lampião, os milagres do Padre Cícero, a busca pelo Santo Graal e até o casamento de um artista famoso podem servir de tema para os textos de cordel.
O sucesso desse gênero é de tal ordem, que em todas as cidades com grande contingente de migrantes nordestinos há bancas que vendem os livrinhos e, muitas vezes, as editoras que os publicam.

Descobrindo a literatura.

sábado, 5 de setembro de 2009

O DETETIVE MAIS FAMOSO DO MUNDO

O criador de Sherlock Holmes, um dos personagens mais famosos da história da literatura, terminou bem farto de sua criatura.
O personagem chegou a tornar-se mais famoso que o autor, e a maior parte da correspondência que Arthur Conan Doyle recebia não era dirigida a ele, mas sim a Sherlock Holmes, pedindo a ele que se ocupasse deste ou daquele caso.
O ódio do autor pelo personagem foi crescendo até que ele decidiu "matá-lo" em um de seus romances, fazendo-o cair de uma catarata. Mas a pressão dos leitores foi tão forte (e tão grande a quantia que a editora lhe ofereceu) que não houve remédio a não ser "ressuscitá-lo" em uma história posterior.
Sendo um personagem de ficção, Sherlock Holmes não existiu. Mas a casa onde o personagem teria vivido existe. Trata-se de uma casa do século XIX, em Londres, na rua Baker (ou Baker street), 221b, que foi transformada pelos fãs do detetive numa espécie de museu, onde o visitante se sente exatamente como se estivesse no lar de Holmes, conforme descrito nos livros de Conan Doyle.

Descobrindo a literatura. Ed. Ática.2006. pág. 112

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

BARULHINHO BOM

A linguagem também tem um lado musical, e os poetas, particularmente, costumam explorar a sonoridade das palavras.
A repetição de um mesmo som no decorrer de alguns versos, por exemplo, pode resultar num curioso efeito, como o que se vê no poema Violões que choram, de Cruz e Sousa:

Vozes, veladas, veludosas, vozes
Volúpias dos violões, vozes veladas,
Vagam nos velhos vórtices vorazes
Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas...

Efeito semelhante é encontrado também no poema A onda, de Manuel Bandeira:

a onda anda
aonde anda
a onda?
a onda ainda
ainda onda
ainda anda
aonde?
aonde?
a onda a onda

E que tal esse pequeno poema de Paulo Leminsk?

de som a som
ensino o silêncio
a ser sibilino
de sino em sino
o silêncio ao som
ensino

E agora?
Que figuras de efeito sonoro temos?

Para o 6º ANO - Carmela Dutra
Técnicas de Redação

UMA AULA DE ARTE NA PRÁTICA

  Em 12 de maio iniciamos os trabalhos de confecção do baralho com o  1º Ano 'B'.  A segunda etapa será a escolha dos verbos no modo...