sexta-feira, 18 de novembro de 2016

BAILE

 PAULINO - YOUSSEF - RONAN

 JOÃO - KRYSLA - EMILY - BRUNA

 AILA - DJULY - LAIANA

 GABRIELA - CÁSSIA

 BRUNA - SOPHIA - LETÍCIA

 HERMANO - YOUSSEF

 LARA - NELTON

 MATHEUS & CARLA

 LUCIANA & GLÁUCIA

 JOÃO - NICOLAS - ROBINHO
 
 COM A DIRETORA - VERA

ANDRESSA & GABRIEL

AULA DA SAUDADE



 EU E LU
 
 YOUSSEF - LUCIANA - THIAGO

 LETÍCIA - FROTA - EMILY

 LARA


 RAFAELA E FROTA




 GABRIEL - THAWANY - JÚLIA - MONIQUE - ANA JÚLIA - VALÉRIA

 MENINOS DO "G"

 MENINAS DO "G"


 EVELYN - AMANDA - LETÍCIA&LETÍCIA

 BEATRIZ - NICHOLAS - ARNOR - ÍSIS - VÍTOR


 ROBINHO

ÚLTIMA FILA DO RANGO

ATIVIDADES TERCEIRÃO

 AULA NO CENTRO HISTÓRICO DE PORTO VELHO

 EXIBIÇÃO AOS JURADOS

 EXPECTATIVA CURTA LEITURA

 SIMULADO ENEM





TROFÉU CUPUAÇU

ESPELHOS



     Passei a maior parte da minha vida fugindo dos reflexos que via em espelhos. Na infância, enquanto as “crianças normais” tinham medo de filmes de terror, de monstros alienígenas vindos do espaço em uma terrível caçada à sua procura (como se elas realmente fossem tão importantes ao ponto de mobilizar uma raça inteira à sua procura) eu era atormentada dia e noite pelo terrível monstro que os mortais teimavam em denominar: espelho.  
      Sei que inicialmente você pode pensar que esse é mais um dos antigos  relatos de uma adolescente de quinze anos (e que vale destacar, não é muito importante no mundo e que não vale muita coisa) reclamando de como a vida é dura e como sofre com acne e amores não correspondidos mas, eu sinto decepcioná-lo, não sou só mais uma adolescente. Eu sou A adolescente e tenho argumentos, experiência e uma convicção muito forte de que depois desse relato o senhor, caro leitor, vai ter uma visão ampliada, e espero que tenha bom senso e empatia o suficiente para olhar com outros olhos, não só os adolescentes, mas as pessoas de um modo geral. 
      A verdade é que, pra uma pessoa como eu, não há a possibilidade de uma vida “normal”. Nem mesmo somos definidos como normais, porque nossa vida fugiria como exceção da regra? Durante este relato você vai notar que a palavra “normal” é citada muitas vezes e nós pedimos desculpas por esse transtorno. Aliás, é exatamente sobre isso que eu quero falar. Sobre este “transtorno”. Eu já pensei e já tentei por várias vezes me desculpar por ser quem eu sou. Mas eu aprendi a me aceitar e desejo que você também aprenda. Desejo mas, não por mim, desejo por você. Desejo por outros jovens como eu.

      Com três anos eu larguei as bonecas e passei a procurar os carrinhos. Com quatro eu tentava voltar às bonecas já que me eram negados os carrinhos. Com cinco as menininhas da escolinha me rejeitavam e eu não podia me juntar aos meninos. Com seis eu aprendia a aproveitar da minha própria companhia. Com sete eu aprendi a ser dissimulada e tentava me encaixar no grupinho das meninas. Com oito voltei a ser isolada. Com nove voltei a desfrutar da minha doce companhia, com dez meu corpo começou a dar os primeiros sinais de mudança. Com onze veio o incômodo de seios crescendo. Com doze o incômodo da primeira menstruação e com treze uma depressão. Aos quatorze a tão esperada compreensão, eu finalmente achei meu caminho. E agora aos quinze eu tenho meu corpo.
     Finalmente posso ser eu mesma. Mas ainda falta muita coisa. Faltam muitos anos e muita luta.
    A adolescência nunca é fácil. A vida não é fácil, agora se imagine na minha situação. Imagine-se tendo de enfrentar a mudança de seu corpo, os conceitos que lhe são impostos e logo depois veja como sua vida, pessoa normal, é fácil comparada à minha. Dramático? Não. É a realidade. Esta é a realidade de uma pessoa transexual. É a realidade de um adolescente. De uma criança, talvez. Utilize de empatia e faça do mundo um lugar melhor. Seu preconceito não muda minha situação apenas piora, transformando uma fase já difícil em um estado de tormenta.   

I.D.
1º Ano

UMA AULA DE ARTE NA PRÁTICA

  Em 12 de maio iniciamos os trabalhos de confecção do baralho com o  1º Ano 'B'.  A segunda etapa será a escolha dos verbos no modo...