SONETO 23
Como no palco o ator que é imperfeito
Faz mal o seu papel só por temor,
Ou quem, por ter repleto de ódio o peito
Vê o coração quebrar-se num tremor,
Em mim, por timidez, fica omitido
O rito mais solene da paixão;
E o meu amor eu vejo enfraquecido,
Vergado pela própria dimensão.
Seja meu livro então minha eloqüência,
Arauto mudo do que diz meu peito,
Que implora amor e busca recompensa
Mais que a língua que mais o tenha feito.
Saiba ler o que escreve o amor calado:
Ouvir com os olhos é do amor o fado.
William Shakespeare
segunda-feira, 6 de maio de 2013
Assinar:
Postar comentários (Atom)
UMA AULA DE ARTE NA PRÁTICA
Em 12 de maio iniciamos os trabalhos de confecção do baralho com o 1º Ano 'B'. A segunda etapa será a escolha dos verbos no modo...
-
Ieda Dias Rede traiçoeira na linda roseira aranha deixou. Joaninha faceira ligeira, brejeira na rede pousou. Teimoso girassol olhando sempre...
-
AS LUAS DE LUÍSA (1ª parte) Diléia Frate A terra tem uma lua, Saturno tem vinte, mas Luísa, temperamental, imprevisível, criativa, brincalh...
-
O estatuto de igualdade do Seu Sapo O Seu Sapo era um amigo do saber. Vivia a pensar. Deixou de trabalhar só para ficar pensando. Seus amigo...
Nenhum comentário:
Postar um comentário