quinta-feira, 3 de setembro de 2009

BARULHINHO BOM

A linguagem também tem um lado musical, e os poetas, particularmente, costumam explorar a sonoridade das palavras.
A repetição de um mesmo som no decorrer de alguns versos, por exemplo, pode resultar num curioso efeito, como o que se vê no poema Violões que choram, de Cruz e Sousa:

Vozes, veladas, veludosas, vozes
Volúpias dos violões, vozes veladas,
Vagam nos velhos vórtices vorazes
Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas...

Efeito semelhante é encontrado também no poema A onda, de Manuel Bandeira:

a onda anda
aonde anda
a onda?
a onda ainda
ainda onda
ainda anda
aonde?
aonde?
a onda a onda

E que tal esse pequeno poema de Paulo Leminsk?

de som a som
ensino o silêncio
a ser sibilino
de sino em sino
o silêncio ao som
ensino

E agora?
Que figuras de efeito sonoro temos?

Para o 6º ANO - Carmela Dutra
Técnicas de Redação

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