A linguagem também tem um lado musical, e os poetas, particularmente, costumam explorar a sonoridade das palavras.
A repetição de um mesmo som no decorrer de alguns versos, por exemplo, pode resultar num curioso efeito, como o que se vê no poema Violões que choram, de Cruz e Sousa:
Vozes, veladas, veludosas, vozes
Volúpias dos violões, vozes veladas,
Vagam nos velhos vórtices vorazes
Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas...
Efeito semelhante é encontrado também no poema A onda, de Manuel Bandeira:
a onda anda
aonde anda
a onda?
a onda ainda
ainda onda
ainda anda
aonde?
aonde?
a onda a onda
E que tal esse pequeno poema de Paulo Leminsk?
de som a som
ensino o silêncio
a ser sibilino
de sino em sino
o silêncio ao som
ensino
E agora?
Que figuras de efeito sonoro temos?
Para o 6º ANO - Carmela Dutra
Técnicas de Redação
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